ARREBOL



Um raio risca o céu
coberto de negras nuvens,
parindo uma tempestade
que vem com cheiro de terra molhada,
cinzelando o dia sem cerimônia

Minha alma está tensa
ao bramir a metáfora dos trovões
todos os olhares são meus

O poeta
zombeteiro das palavras
transforma o dia de sol apino
em versos
que se estilhaçam ao chão
tecendo sonhada chuva
molhando a terra

O dia
dos raios luminosos
mostra sua beleza
caindo em câmera lenta

O arrebol
entre vermelhos e lilases
cobre as estrelas
nos braços da noite...

Ah, como é belo poetar!

Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 04/05/2009
Código do texto: T1576062
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