Guardei a semente de teu último beijo !
Faz muito tempo...
Hoje percebi que na tempestade de desejo,
Ela nasceu...
Curvei-me engasgado de mar..
Distante tento soltar as amarras,
Não quero vestir roupas de antes,
O medo me faz chorar...
Mas o teu Deus!
Sem o adeus,
Vive oferecendo a vontade de amar..
Ainda estou amortalhado,
Requentado pelo sol da tarde;
Sentindo o gosto de culpado,
A sombra da árvore é o último refúgio..
Enterro na areia, os fantasmas indefinidos!
Falam tanto em meus ouvidos !!!
Então retardo os meus assombros,
Não posso mais partir,
Vou esperar o amanhã, trazer o fresco no ar,
O cheiro de tua pele,
As lágrimas de tua vontade,
A intensidade do caminhar...
No desatino quando ao vento solto de amor me lançar,
Sentirei as vertigens do gozar,
Absorvendo no sorriso cínico um intenso momento de sonhar...