Trago no peito

Trago no peito, a certeza de um amor contido,

E vivo, como quem vela a noite, sofrêgo, esperando

Que com o raiar do dia me venha o descanso.

Esquecer-te(juro), ainda me é o maior desejo.

Trago no peito, a certeza de um sonho findado

E ainda fico, a colher resquícios, os cacos,

Desejando ao peito, apenas um mosaico,

Sem que me doa a alma, sem que haja sofrer.

Trago no peito, uma nódoa chamada passado,

Que não me permite o ar, nem sequer um instante,

A alma fica, a volver desgosto, desventura amante,

Até o dia em que ei de viver sem lembrar-te tanto.

Junior Antonio
Enviado por Junior Antonio em 07/05/2009
Reeditado em 14/05/2009
Código do texto: T1580738