DEUS?
Janto veias minhas no âmago deste inconstante ser
Peço-lhes a não as pregar na areia, nem pelo direito,
nem com aquele jeitinho.
Já não há tanta mágoa; só o ranço inda não lavado
Meu modos rugem, rotos, desparceirados e vis
Não sou gentil com a aragem que me rouba o sorriso.
Mantenho o dulcíssimo vezo de perseguir
Se há arestas renitentes, o que me seria sem elas?
São valorosas; caem com o astro, ao pôr da virgem.
Ora,
Se movo tomos e pistilos a fecundar moléstias
Por que não haverei de ter com Deus?
Apenas a despistar, só a o iniciar nos versos.
Sem as sépalas que inda rogo nas manhãs
Verterei dentro da botelha emborcada, o néctar dourado
O apocalíptico respiro duma ferrugem mal curada.
Se, por hora, cresse, piamente, na existência do invisível
Que não me é debuxo e nem escola
Que me maltrata tanto e eu nem escuto
O que haveria de apagar?