A FORÇA QUE PARIU A VIDA
Só o vento não cessou
- as ondas, todas minhas cúmplices –
Apenas o caos se esvaiu pelo ralo da frente, sem bilhete de volta, sem lapela engomada.
Às vezes, lança a vida, arestas incandescentes, só para intimidar; apenas para segregar os fortes dos humanos. Mas, debalde, as cartas se alteram, e, sob estrondo múltiplo dum torpedo, a garatéia é içada... hora de zarpar!
Pois, às horas dum desalinho conjunto e apoético, renasce a força imbuída de desejo supro, de sopro ácido e retumbante. Só para nos encorajar; apenas para nos mostrar a escada; só para nos deliciar à hora do jantar...
Só os peixes me entenderam; nem as pedras me falaram, nem das amizades [gotas de botruco escuro na epiglote cerrada e prásina]. Não me fiz de indulgente, segui, apolítico, abstêmio e repletíssimo.
Vivenciar-se-á os holocaustos por periscópios imbricados, sob aspecto tenaz e preciso nessa alcatéia dorida, humilhantemente escarlate denominada vida.