MEDO
Sendo assim, brindemos!
- as corujas rindo à frente do espelho -
Só a macacada escutou o obcônico e o seu dobrar.
Mais sede, mais saúde, mais mar
E um vezo incólume por tentar
Desligar a chave geral e amar.
Ao alarde indócil do tempo, versejar
Às dunas, às corizas e às mazelas ao vento
- casto poder inconstante e inanimado –
Ser!
Respirar profundamente!
Sugar tudo:
O resto, o elefante e o semblante mudo.
Só o mais rotundo símio se pôs a falar
- proferia vagarosa e estonteantemente –
Enquanto meus olhos custaram favas a acreditar
Que aquele rugido amainado pela febre era pejo...
Ao quebrar a esquina, os tentáculos amadureceram.