Marrom

Marrom

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Os desígnios de minha mente

estavam datados

na caverna da montanha.

Escuridão nas veredas de sombras,

que chegam agora, impunemente

jogando o seu marrom na incerta pupila.

Cores claras e escuras dançam, irmãs.

+ um capítulo da vida finda.

E não é de hoje o sarcasmo

de quem não entende o seu próprio teatro.

Anda impune, sorrindo para os humildes

e desdenhando os orgulhosos.

Que fim desejará

quem teme reconhecer

Que não sabe nadar?

O outono nunca será a resposta pra nada.

No entanto, não sou eu que digo

não ao frio de velhice.

Não sou eu que se aconchega

no calor da juventude.

Mas eu sei, o outono não é nada.

É nada, como um seixo

que alguém trazendo lá de cima, diz:

- Aqui está um pedaço do monte.

Então rimos dele

e o chamamos louco.

Abençoado aquele que enlouquecer

no inicio do outono.

César Piscis
Enviado por César Piscis em 26/05/2009
Código do texto: T1616741
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