Marrom
Marrom
17 02 87
Os desígnios de minha mente
estavam datados
na caverna da montanha.
Escuridão nas veredas de sombras,
que chegam agora, impunemente
jogando o seu marrom na incerta pupila.
Cores claras e escuras dançam, irmãs.
+ um capítulo da vida finda.
E não é de hoje o sarcasmo
de quem não entende o seu próprio teatro.
Anda impune, sorrindo para os humildes
e desdenhando os orgulhosos.
Que fim desejará
quem teme reconhecer
Que não sabe nadar?
O outono nunca será a resposta pra nada.
No entanto, não sou eu que digo
não ao frio de velhice.
Não sou eu que se aconchega
no calor da juventude.
Mas eu sei, o outono não é nada.
É nada, como um seixo
que alguém trazendo lá de cima, diz:
- Aqui está um pedaço do monte.
Então rimos dele
e o chamamos louco.
Abençoado aquele que enlouquecer
no inicio do outono.