Sentado numa cadeira...

Sentado numa cadeira

sua forma sensível

sua pele clara

seus olhos de quem quer me surpreender

Apetitosos seus lábios rosados

Parado, mais uma revolução em seu corpo, em seu coração

seu íntimo completo e falto de senso,

sem meio, sem saber o que dizer

Pernas embaraçadas como sua vida, fútil e vulgar

Discretos, seus olhos me olham

Insciente do que poderia ocorrer.

Minha penúria, escassez absoluta sobre minha face meus

olhos no meu íntimo, sem o porquê te olho

Seus olhos inquietos, incomuns, retribuem aos meus olhos

castanhos escuros.

Seus olhos inexplicáveis, incompreensíveis, sei que lá no

fundo existe dignidade, nobreza no seu peito.

Somos contrários, inabituais, obstinados em uma só

função: não queremos algo momentâneo.

Seus olhos me olham, ileso, puro,

insuspeito, inoportuno, incorrupto.

Inconvenientemente olho os teus olhos

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Autoria: Tamyres

Francisco willans
Enviado por Francisco willans em 03/06/2009
Código do texto: T1629350
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