(D)evolução
Nossa coluna que era reta
Entortou-se.
Agora as patas vão ao chão,
Bem devagar,
Uma mão vai na cabeça.
Nos coçamos.
Banana pra todo mundo.
Já passou o tetê-à-tête.
Machado contra machado.
Em que não tinha covardia,
Pouca tecnologia.
Pouca gente recuando,
Vários outros adiante,
Sem dó pela sobrevivência.
Hoje poucos se entregam,
Ou lutam pelas causas.
Também estão todas perdidas.
A minoria vai vivendo,
O restante sobrevive.
Muita tecnologia e pandemia,
Miopia, arritmia.
Pouca a nossa inteligência.
Cadê aquela melodia?
E a gritaria?
Quem é o dono dessa festa avessa?
Cresça, meu povo. Cresça.
Eu quero me devolver.