Ao amor do Porto

Ao amor do Porto

A janela toda especial,

toda de flores cheia.

E pra quem? Hein?

Pra ela!

Pra ela que tem uma coroazinha.

Pequena rainha,

O pedaço de bolo

com o qual toda a criancinha sonha...

A chuva, que nunca tarde

forma um aroma inimitável...

O jardineiro velho e contente

do seu afazer de cores...

Os meninos da pracinha,

em redemoinhos de balanços,

em pés de areia, em escorregadores,

em gangorras. Em gangorras...

Mas a madrugada tem seu preço.

Nem prata nem cobre.

A madrugada cobra seu valor.

Nem cabelos nem rodas.

E lá longe, quando nasce o sol,

o começo do fim.

E sem respostas, - que não existem –

tentar manter-se em pé.

Sem respostas, indagar, indagar...

César Piscis
Enviado por César Piscis em 08/06/2009
Código do texto: T1637615
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