Ao amor do Porto
Ao amor do Porto
A janela toda especial,
toda de flores cheia.
E pra quem? Hein?
Pra ela!
Pra ela que tem uma coroazinha.
Pequena rainha,
O pedaço de bolo
com o qual toda a criancinha sonha...
A chuva, que nunca tarde
forma um aroma inimitável...
O jardineiro velho e contente
do seu afazer de cores...
Os meninos da pracinha,
em redemoinhos de balanços,
em pés de areia, em escorregadores,
em gangorras. Em gangorras...
Mas a madrugada tem seu preço.
Nem prata nem cobre.
A madrugada cobra seu valor.
Nem cabelos nem rodas.
E lá longe, quando nasce o sol,
o começo do fim.
E sem respostas, - que não existem –
tentar manter-se em pé.
Sem respostas, indagar, indagar...