Meus sentimentos esferográficos
Meus sentimentos esferográficos
Estrela, 3 de outubro de 1994
Ah, essa insalubridade
Em meu cérebro...
Esse intenso calor nos dedos
e essa incomum vontade
de estar onde nunca
poderei estar.
Esse mundo oco que vivo,
em compasso de espera.
A espera de que o calor nos dedos
apenas sirva para me aquecer do frio,
E a incomum vontade
seja então torpe e igual.
Então,
quando serei feliz?
Quando cessará
a catastrófica comparação?
Um sexo esferográfico.
Um ser esforográfico.
A esferográfica vida minha...