EU E O QUE O POETA NÃO SABE!

A cada dia um novo momento, uma dor bate no meu peito, a saudade atormenta, não sei se estou ganhando ou se estou perdendo.

Não estou em meu bem estar, olho ao meu redor e sinto uma presença, uma força que incomoda, que teima em afirmar a supremacia da dor, sobre o meu querer e o que perder, sobre a dificuldade da escolha, sobre a adoção de uma atitude covarda de escapismo que não consigo tomar, nem consigo omitir meus sentimentos, nem esconder aos meus sentidos a presença e a ausência de qualquer uma dessas flores.

Nem sei se faz sentido para você o que estou dizendo. Talvez um homem entre um amor e outro amor, não saiba mesmo o que estar falando.

Na verdade não sei mesmo o que dizer, muito menos ainda o que fazer.

Encontro-me exatamente entre a emoção e a emoção, procurando uma razão que explique este confuso dilema entre um amor que volta e um que aprendi a amar.

O passado e o presente em minha frente... Que eu queria ou não, colocam-me em uma cúpula, criando a privação dos meus meios de expansão e desenvolvimento espiritual.

Aqui estou mais uma vez falando coisa com coisa... Mas enfim tenho uma certeza, algo que até mesmo o poeta não sabe..como lidar com dois amores?

Ele que tanto falar em amor... O que faria com dois amores e uma única escolha?

Fecho os olhos e não vejo apenas quem eu tenho tanto caninho... eu as vejo! Isso é muito pleonasmo!

Pois é caro amigo poeta aqui estou, e aqui... Não sei o que fazer...