TRISTEZA

É uma dor lancinante que corta o peito como uma adaga afiada a nos dar constantes punhaladas.

Ela se instala muitas das vezes sem um motivo aparente, mas, no entanto, permanece em seu estado latente pronta a se fazer presente.

Sorrateiramente ela chega sem dizer a que veio, e quando nos damos conta ela já nos partiu ao meio.

Ela toma conta de nós por inteira, maltratando sem dó nem piedade, destruindo todas as possibilidades de qualquer tênue esperança de felicidade.

Como um ácido corrosivo ela ataca sem nenhum lenitivo.

Produzindo enzimas venenosas que nos diluí aos poucos.

Sugando-nos com suas ventosas pegajosas!

E em seu estágio mais avançado, comparável a um doutorado.

Temos a Depressão Profunda!

Uma ceifadora de vidas,

Uma assassina silenciosa,

Uma erva danosa!

E desta forma a tristeza nos consume, nos deixando sem ação, num mundo sombrio repleto de escuridão.

Os motivos são os mais variados possíveis, as razões impublicáveis.

Com isso os desatinos vão se sucedendo, ocorrendo constantemente destruindo vidas por nós tão queridas.

A onda triste impregnada de negatividade vai crescendo e ceifando em nosso dia-a-dia muitas vidas desde um filho muito amado a um amante apaixonado no meio da torrente de águas turvas deste imenso oceano dos desesperados.

A tristeza não está sozinha, possuí vários aliados em suas tramas de fatos consumados abaixo relacionados:

A Desilusão grande companheira na arte da frustração.

A Baixa Auto-Estima pioneira na própria Autodesvalorização.

A Depressão já citada anteriormente doutora em ciências letais com consequências quase sempre fatais.

E ela que não poderia faltar em hipótese alguma, a Senhora Solidão!

Sua aliada mais fiel, tão amarga como fel.

Uma matadora de aluguel, pérfida e muito cruel!

E completando ainda esse escrete temos outras vedetes coadjuvantes, mas não menos importantes:

O Desprezo, O Medo, O desespero!

E mais ainda uma gana de sentimentos que geram tanta negatividade que compõem esta dura realidade.

A tristeza mata, fere, atormenta!

Portanto não podemos deixar que essa mortal e velha inimiga se instale em nossas vidas.

Sob o risco de sofrermos ou perdermos as nossas próprias existências provocadas por suas cruéis e fatais feridas.

Autor: Francisco Gilbens Bezerra Franco

Francisco Gilbens
Enviado por Francisco Gilbens em 24/06/2009
Reeditado em 24/06/2009
Código do texto: T1665770