varanda

Faz tempo que não me permito curtir uma tarde de inverno como essa.

Da varanda escuto o barulho dos carros aumentando lentamente, as luzes vão ficando cada vez mais nítidas, os pássaros vão parando de cantar...

As primeiras estrelas surgem e VÊnus aparece linda...

As folhas balançam nas árvores, as flores parecem desabrochar, crianças riem no pátio,

sim, os pássaros vão parando de cantar...

Há muito, sinto falta da casa na Andrade Furtado, aonde tanto brinquei, conversei, senti, escrevi, amei...

Apesar de hoje não querer cair na nostalgia, é impossível.

O cheiro das seis da tarde me invade, então sei que meu passado me chama para uma conversa simples à sós.

Doente, cansada, triste com diversas coisas da vida, aqui estou eu. Diante de um céu nebuloso, já avisando que mais tarde vai chover.

E assim espero.

No pouco de paz que sinto, muita confusão se arma.

E para fugir do caos de sempre, só tardes como essas,

das quais sempre quero recordar.

Bia Guedes
Enviado por Bia Guedes em 29/06/2009
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