Repleta de mim e dos Infinitos “EUS“

Tenho pra mim que somos muito mais do que pensamos ser, do que os outros acham que somos, do que queremos parecer que somos. Somos uma infinidade de eus e cada um dá um tom, uma cor, um sabor diferente. Somos o que escolhemos e o que engolimos sem querer. Somos o que sonhamos e o pouco ou muito que conquistamos. Somos o que gostamos e o que detestamos. Talvez seja isso que faz de cada um de nós um ser único e intransferível.

Mas então por que a gente, ao menos uma vez na vida, tropeça numa alma gêmea?

Tenho tropeçado em algumas almas gêmeas. Gente com quem tenho uma sintonia tão grande que quase me sinto refletida num espelho. E não estou falando apenas de gente do sexo oposto que me leva a paixões sem limites. É gente de qualquer gênero com quem descubro ter afinidades inacreditáveis. Gente que vive de forma diferente da minha, gente que nunca me viu, mas que me reflete como se fosse eu.

Será isso uma brincadeira dos deuses? Ou um embaralhamento de códigos genéticos?


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É, eu ando assim. Cheia de perguntas. E repleta de mim. Talvez seja a lua. Ou o mês. Ou o amor. Ou nada disso.
Mas isso não importa tanto. Importa é estar aqui. De pé novo e cabeça a mil. E uma grande vontade de acontecer!