O azul que vi na névoa
O azul que vi na névoa
24 de junho de 1993
Ah sim, digam-me o que sobrou
se nossa viagem à floresta.
Em relato simples,
sem remorsos tolos,
sem tolas divagações.
“Bom, era um domingo de névoa na cidade. Névoa feia. Saímos (lembra?) bem cedo e roubamos os bolinhos que trazíamos. Fizemos amor em montes de feno, que nos chamavam quentes. E por querer, deixamos cair todas as moedas de ouro dentro de um pequeno rio. + tarde, como frio fizesse, fizemos amor de novo. Depois, você foi ‘prum’ lado. Eu? Nem sei...”.
É...agora você está gorda.
Gorda demais.
Gorda como não poderia estar.
Mas eu não sei pra onde você foi.
E não me contou tudo...