Vem ( Um clamar)

Vem ( Um clamar)

Tua fome de beijos

Equivale ao meu assaz desejo.

A sede que é teu expresso tormento

É qual o dilúvio em mim nesse momento.

Vem que o pesadelo teu

Faz par com o assombro meu.

Vem que esse calor que te arde

É o mesmo que a entranha me invade.

Vem com tua vontade incontida

Qual meu querer voraz sem ter guarida.

O entorpecimento que a ti faz delirar

É febre que rondando pretende me torturar.

O que te trás tremores e frios

Toma-me em descompassados arrepios.

Vem que os suores que em ti se derramam

São como os meus, alagam, inflamam.

Vem que sou pólvora atiçada

Vem em chamas acaloradas.

Vem que nos assola um mal, um desassossego.

O mesmo sentir que nos toma sem segredos.

Vem que somos do outro a cura

Vem só no amor domaremos tamanha loucura...

Vem...

Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 20/07/2009
Código do texto: T1709821
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