Dia de chuva

Todos os dias, a passar pela sacada de minha casa

Sem saber que em silêncio, pela essa mesma sacada, lhe amava

Nesse dia, não a vi passar

Penso eu! Como ela poderás deixar-me a tua espera

Não sabendo ela, que sempre à admirara ao passar.

Era dia de chuva, mais chuva mesmo, nenhuma vertigem de sol brilhara naquele nebuloso céu

Creio eu, que ficaras em casa, dias de chuvas, não a vi passar

Será que hesitava em molhar teus belos, negros e logos cabelos?

Crio que não, apenas medo da chuva, tinha sua pele

Tão macia, tão sedosa, nunca a toquei, mais inúmeras vezes meu olhar a tocava.

Meu olhar, pela essa mesma sacada, nos dias de sol, sombreava ela sem saber

Meu olhar, iria sempre a tua direção, sem desvios, apenas queria apreciá-la

Apreciar, como andas, como vestia-se, quando em um mero e lindo momento

Soltaras um beijo pra mim, continuo a olhar, pensara eu que não era pra mim

Mais o beijo, era sim, minha amada soltara o beijo que deixara meu dia mais sadio com um gosto verdadeiro.

Anderson Ramos Prazeres