Amor...

Se as palavras rompessem o meu peito... Saissem galopeando pelas quinas, ao teu encontro...

Saberias que o dito emociona... Que envolve as minhas tranças... Que já não encontro o equilíbrio...

O Amor dito em fino acabamento... Quase um susto... Meio de lado... Uma criança...

Os olhos cantam aos quatro ventos... Não sabem esconder a emoção... Ouvem e se calam... Não há como expressar... Apenas, com um sorriso de cantinho... Assim, grudado ao teu...

E se, por ventura, alguém disser que não é certo... Que não é concreto... Vou olhar com as veias do meu pulsar... Não há, podes apostar, um Amor mais bonito...

Seresteio a noite, com minhas corridas de gotas... Na janela, o alpendre não as impede de rodear o teu rosto...

Nosso sonho...

E dizer-te Amor, no ninho... E colher-te, em mimos... Tenho dificuldades para acordar... Uma insônia às avessas... Se é possível tal construção!!

Amo-te... Aos goles... Ao rodar a vida em teus caminhos...

E, se é falho, então me diga... Porque o que dizes é construção...

O Amor dito em fino estampar... Uma volta e meia nas minhas pernas bambas... Banhar-te as palmas... Envolver-te em véus...

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