EMOCIONAR-SE É TUDO!
Pode ser o lume – anda meio avexado
Pode ser o vezo – sempre se arrisca assaz
Por nada, rumo às azinhagas
Maltratam as madeixas!
Como sou torrente...
O medo em mim se abstrai
Nutre-me o colostro ressequido
Que em manhã zafimeira, pôs-se a me olhar.
Ora, doidivanas tempo de minha vida!
Lembre-se de tudo que ouviste
Tenha fé na artéria, não no calendário
O camelo que partira agorinha, esvanecera
E a moça que de giz riscou a calçada, azedou-se.
Embora, viva
Embora eu viva
A perquirir, a me enlamear nesses tonéis...
São coisas assim que me fazem debuxo
Sendo mentira, lendo resquícios.
Contudo, a vida trouxe aquele sopro
Mais sereno, um tanto marmóreo
Não importa!
Seja livre ou seja morsa, emocionar-se é tudo!