EMOCIONAR-SE É TUDO!

Pode ser o lume – anda meio avexado

Pode ser o vezo – sempre se arrisca assaz

Por nada, rumo às azinhagas

Maltratam as madeixas!

Como sou torrente...

O medo em mim se abstrai

Nutre-me o colostro ressequido

Que em manhã zafimeira, pôs-se a me olhar.

Ora, doidivanas tempo de minha vida!

Lembre-se de tudo que ouviste

Tenha fé na artéria, não no calendário

O camelo que partira agorinha, esvanecera

E a moça que de giz riscou a calçada, azedou-se.

Embora, viva

Embora eu viva

A perquirir, a me enlamear nesses tonéis...

São coisas assim que me fazem debuxo

Sendo mentira, lendo resquícios.

Contudo, a vida trouxe aquele sopro

Mais sereno, um tanto marmóreo

Não importa!

Seja livre ou seja morsa, emocionar-se é tudo!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 30/07/2009
Código do texto: T1727888
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