Palavrinhas...

Tenho tantas palavras que já não são minhas... Nunca foram, acredito.

Meus versos bambas... Minha cigana-face... Minhas voltas em Diana... Em Dionísio... Do vinho, parreiras - Baco. Meu indivíduo concreto, que fala da nossa floresta... Minha vida-cachoeira... Meu Amor exacerbado... Controlado... Em fonte entalhada...

Ah!... Minhas curvas... Minha língua afiada... O "meu" canto passarinho...

No canteiro de ervas-daninhas... São verdes, então, ainda crescem.

Perdoa-se a face, ainda crua... Muitos têm a casca dura...

As palavras não são minhas... Nem tuas!

... Juntar e beber sopa-de-letrinhas é fácil.`O tecere completo, com ares de sinceridade... É o diferencial da Arte. Da qual todos fazem parte.

Se dividimos o mesmo teto literário... Se repartimos o mesmo Amor ao Cosmo... Da Mesma literatura somos filhos... Que tal criarmos, sem utilizar as mesmas palavras?... Se responderes que silenciarias, então, entendeste a não juntar e jogar no mesmo prato... Porque as palavras não são minhas... Muito menos tuas!... Fazem parte de uma Língua cotidiano- enlace... Perfeição!

Hoje, se escolhesse as palavras para compartilhar contigo seriam Estas as palavras do dia... Atitude e Humildade... Respirá-las não é tão fácil quanto parece...

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