A boneca admite o seu lugar

O objeto de desejo, não deixa de ser apenas um objeto

E quando se convence que seria talvez algo mais

A realidade acaba batendo mais uma vez em sua porta de mala e cuia

A bonequinha de enfeite, vê que nada mais poderá ser além disso

E seu valor trata-se daquilo que veste

Usa de artificios que não funcionam mais

Fala uma lingua que ninguem entende,

Pois sua boca, sim apenas a boca que chama atenção dos ouvintes

Seus olhos se fechados, estão gozando se abertos estão fitando

Não é santa, nem meretriz, mas queria ser uma mulher normal

A bonequinha anda sobre nuvens, olha de lado

Ela não tem pudor ao sorrir,

E ninguém entende que ela não apenas uma bonequinha

Mas a bonequinha continua, zanzando pela vida

Como em um parque de diversões

mas a vida boneca dura pouco, quase nada