Pérolas

Os versos são mais concretos do que os vasculhos na vida...

Morrer em células coloridas... Sorrir!

Meu mar sangra o salgado gosto... O regalo da vida...

Morro aos poucos... Não entenderias.

Mas, quem sabe tudo na vida?... Nem a mais envolvida serpente...

Enrolo-me aos joelhos... Não prendo meus calcanhares... Ando solta pelos dias... Pelos vendavais!

Na cintura, o gizo compõe, minhas voltas na dança-quadriz... Uma imagem refletida das pedras que envolvem a minha face... Nas têmporas, cristais...

Hoje, danço... A dor mascarada pelo sopro de hortelã.

Minha vestes, corroídas pelo atrito dos músculos ao solo... Minhas células remetidas ao sono... Cansaço...

E, se por ventura, olhares o horizonte... Ainda será o mesmo... Porque o giro lento sempre me leva ao centro...

Lanço-me em lenços... Viro pó...

Hoje, danço... Enquanto as lágrimas viram pérolas...

20:15