Porto Seguro

Ó meu amor

Recorra ao meu peito e afogues nele, as suas mágoas

Ele te pertence, desde o áureo momento

No dobrar do sino, na noite primaveril

Dos olhares se entrelaçando, incontroláveis.

Ó minha musa

Recorra ao peito que é teu por direito

É a armadilha intocável da plena luz

E o cerne perene da penumbra.

Nobre esfinge, rastros milenares no tempo

Tu és dadivosa e proprietária de um tesouro

Afaga a ti e ao teu peito carente e bondoso

Encerras nele, o dia rude, os atos falhos

Abasteça-o com o néctar do puro sentimento.

Ó meu anjo

Tu és a lira e a poesia, soltas no mar

Mereces o abrigo, amigo e acolhedor

No afeto fértil, a tranqüilidade aflora

E quando, por algum motivo, ou acaso do destino

Estiveres ausente do teu ninho, clame por ele

Que num instante, ele virá a te socorrer

Pois de ti, ele retira a inspiração para a vida.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 16/06/2006
Código do texto: T176894
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