O Devanagári Lúcido Sim, da Spathodea.

De início, que não seja algo tão superficial, nem tão intenso, mas que seja puro.

Apenas que seja algo sublime o bastante e que tenha inconstância;

De um palhaço em raro momento de realismo enamorado sujeito a si mesmo.

Apenas um jeito e nada mais, de convencer que nada seja alegado sobre isso.

Dificilmente notável, arduamente sentido, hilariantemente despachado.

Mensagens subliminares indiscretamente soltas no ar, pelo sopro saturnino.

Será que você já se descobriu no achamento de algo que talvez nem exista?

Ou que até exista, mas você nem se quer notou. Ou talvez nem reparasse...

A Kriptonita elucidante da uma Espatódea da Africa

Cores e formas de objeção que fazem ainda crer

Que posso me envolver de um tênue sentimento sem esperança

Por apenas admirar, por ser além de um sonho, uma pseudo-ilusão.

Assim te interpreto como um bálsamo de esperança

Onde posso só assim, repousar e demasiar as minhas fantasias.

Desabar meus fantasmas axiológicos da esdrúxula realidade.

Como uma canção de ninar aos corvos rastejantes do Afeganistão.

Pudera eu, emoldurar-te em cristais iluminados, o sorriso que possuis.

Por ele ser tão suspirante e complementador na minha triste vida.

Para que nele, eu pudesse venerar o divino que em ti habitas.

Olhar-te como os raios de sol que envolve os girrasóis indígenas

Que se entregam ao clímax do encontro mais puro de uma essência.

De ser possuído, mesmo que jamais chegue a ser de um dono.

Admirar-te com a doçura psicodélica de uma inocente criança

Mapear cada parte do teu corpo com um olhar terno da castidade

Respirando o âmago do teu ser, como o êxtase de um sentimento científico.

E sentir tua presença dentro da incompletude diária de te ver.

Surpreendo-te com meu jeito infantil valente de ilusionar o príncipe que eu desenhei.

Nas minhas cadernetas mentais límpidas onde a formula da perfeição constrata.

Com a liberdade diversificada do ir além de te abordar.

Minha quarta estrela. Meu céu iluminado de uma aurora boreal desejosa

De uma estrada intrínseca sem rumo, buscando o ser “in anima nobili”

Onde o sol do girassol de Esparta encontra com a Vênus lunar

De um universo menino que brinca com as estrelas cadentes

Abordaste com a pureza das ações quiças imaginadas e planejadas.

Em um sorriso desejoso lúdico e intrépido que de nada machuca.

Mas que assassina friamente o principio de um sentimento iludido.

Que fica no passado sufocado de inverdades doces e sinceras.

Nem ouso pensar o porquê deves ser de alguém que já possui.

Apenas quero me deliciar com o leve levitar do que te sinto.

Não almejando nada, apenas por um instante viver essa ilusão.

A Ficar esperar o tempo falar por mim, coisas que eu não sei dizer.

Apenas desfrutando de um terno olhar em você.

Sei que vejo você de um jeito que ninguém consegue enxergar.

Mas outra vez eu vou me despeço sem saber o que falar, por apenas não saber.

Por não ter coragem o suficiente, por certo já saber a resposta.

Desenho-te com minha inepta imaginação, no meu sentir de esperança incomum.

Podes até não merecer o que te transcrevo, mas mereço a ilusão que me liberta.

Não importando o que venha por outrora em desgostos matinais

Por preferi a Luxúria dessa culpa desenfreada à Solidão de uma ilusão proibida.

Pudera eu, transformar todos os sonhos que a ti almejo em realidades castras.

Para que neles pudesse eu, descansar o carma Infinito.

Que a ti dedico de forma fiel e intensa das ações de vidas sensatas e dormidas.

Em castelos maquiavélicos onde adormeço de viver na fantasia de te possuir.

Pudera eu, cultivar a flor da insensatez volúpia de um frescor sentimental.

Em torno do que escolhi para ser o Dono dos meus mais puros pensamentos

Das ilusões intensas de um nada existir para a devanagári sacra.

De um olhar-te para raptar o que me prende por hora em ti

Da petrificação momentânea sofrida por aquela que suspirava por alguém

Que cada dia passado, (des)encanta aos mortais inebriados, como eu.

Da persistência insólita do altar que fiz para receber-te iludido meu.

Nunca soube dizer se realmente o mundo é bom. Mas ele tornou a ter cor...

Desde você chegou e explicou o mundo pra mim, com apenas o seu jeito:

Seu olhar, o seu sorriso puro, sua áurea cor de pólen aperolado.

De nuvens de algodão reluzente de enamoradismo desesperançado estático.

De cada dia me encantar mais ainda pelo teu Ser desconhecido.

Não posso dizer-te se o mundo está são, pois do mundo que vim ele já não era.

Mas me relembra da limpidez do lugar feliz e acolhedor de onde eu vim.

Onde a Zoé, me remetia a inconstância inebria de ser e pertencer a alguém.

Mesmo que seja no meu ilusório conto de fadas primitivas do meu inebrio Ser.

Pudera eu, não mais voltar a essa tênue sensatez cotidiana.

De poder racionalmente de te ver e te querer infinitamente pra mim.

Do apetecer desenfreado desejoso a ti, a insistência inefável que me corrompe.

Assim de um detraído voltar para o céu, onde meu desejo não se concretizará.

Se um dia saberá quem sou? De nada, saberei te responder.

Por esta explicitação meu ser, não será favorável a este momento.

Quem sabe um dia você lerá nos olhos meus a resposta que busca.

Mas quem poderá lhe dar está certeza? Eu ou quem você deseja, ou não...

Resposta tola, que não será respondida assim, tão facilmente, como quer.

Apenas busque, mesmo que seja apenas para mero divertimento real.

Que no momento certo me revelarei a você... Mesmo que indiretamente.

Destes afins e poucos versos tortuosos que a ti dedico;

Do deparar-me a enfrentar minha incapacidade de ser fiel aos meus sentimentos

A idealizar-te com a “ultima criatura deste mundo terrestre benéfica a mim”.

Mas... Jamais entenderás o porquê a ti escrevo estes versos soltos.

Nem eu, entenderei o porquê te escrevo essas sentimentalidades.

Talvez esses versos venham a ser um refugio ou uma tabua de salvação.

Quiçá apenas, mais uma página desse velho livro.

Surrado, extrínseco, adaptado e apagado que é minha vida.

Fazendo parte deste livro, mesmo que por um relapso pedaço do meu sentimento.

Da sacralidade, sagaz e afirmativa do sentimento de uma Tulipa Vermelha.

Destinado à admiração incondicional a ti, mesmo que por hora temporária.

(Dedicado exclusivamente a você, Neto).

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 29/08/2009
Código do texto: T1781831
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