[É...]

É meio-dia. É uma criança que me brinca nos jardins de agosto. Desenha no chão uma mandala para chamar o sol. Dança desengonçada para chamar a chuva. O azul que diziam ser o céu me olha plácido, e retém o que não pode ser infinitamente azulado.

***

É fria a chuva dentro da noite. E a escuridão dentro da chuva se quebra, se desmancha líquida sobre o basculante do quartinho. Hoje estou só caco. Amanhã estarei inteira.

Alessandra Espínola
Enviado por Alessandra Espínola em 01/09/2009
Reeditado em 21/09/2009
Código do texto: T1786967