O tempo, nosso tempo...

Chega-se o tempo,

Em que não há para onde ir...

Tão pouco para onde se possa tornar

Um tempo em que não se pode mais sorrir

E pobre são os que com dores buscam o chorar.

Chega-se o tempo,

Em que chegar até a janela não se pode mais

Tão pouco despertar por sobre a tua cama

Chega-se o tempo, que viver ou morrer, tanto faz

Que não se vive á odiar, tão pouco á dizer que ama.

Chega-se o tempo,

Em que a alma busca repouso, incerto, um canto

Para as dores, de muitos n'alma, é tanta

Que não se pode permitir o pranto

Tão pouco o amar, ele não mais encanta.

Chega-se o tempo,

Em que tudo é dúbio, em contratempo certo,

Mas não transcende minhas razões para explicá-lo

Tão pouco entendê-lo.

Sorvo o tempo, tal tempo

Não esperança de um despertar, sem que ele esteja perto...

Junior Antonio
Enviado por Junior Antonio em 07/09/2009
Reeditado em 12/01/2011
Código do texto: T1797275