Razão e Loucura

Quanta castração querendo bloquear meus insanos desejos!

Corpo flameja, no coração arde à chama do querer, a mente recusa...

e a intrometida razão veste os dois de sutileza.

Cresce o devaneio de viver o proibido, a mente entende que meu

desejo é pecaminoso, o corpo já não suporta tanto ardor, completamente

em desalinho, e eu, a escutar um som arguto vestindo-me de mil fantasias...

Oh! malicioso proibido chega sucateando a razão, que envergonhada

vai embora deixando na mente certa confusão.

O pecado na sua leviandade inundou de volúpias todo o meu ser, e aquela libertinagem aliou-se aos meus ferrenhos sentimentos, liberou-me de tal forma, que sem nenhum recato, cometi a minha loucura... seduzir o meu vizinho, o meu maior desejo, não era -ele... o vizinho era o apenas o proibido, e acertei o alvo!

Diná Fernandes