Paz II

Sandra M. Julio

Na negritude de nós mesmos, perdida pelos caminhos da vida e escravocrata da violenta correria de cada dia, seguimos na eterna busca do aprimoramento, do autoconhecimento.

A antítese de sentimentos, tenta auscultar o divino, na onipresença infinita de todos finitos. Assim, na transparência do silêncio, a paz se faz acorde na sinfonia da vida, posto que a paz seja o cântico do silêncio. Onde há beleza e harmonia, o esplendor da concórdia se faz alegria e prece. É quando aprendo o Criador em mim, para amá-lo sem Si.

Lucificada neste prisma, a alma em sintonia consigo e com o universo, encontra-se. E encontrando-se, conhece e compreende a si mesma como uno e verso, filha do Criador, manjedoura de Amor.

Na ausência de conflitos, faço-me templo para aprender a paz, pois de nada adianta transmiti-la sem antes entendê-la, vivenciá-la. Seriam ensinamentos vãos, como a dos falsos profetas.

Ela existe em cada um de nós e, necessário se faz um tempo, para escutá-la entre as ritmadas batidas do coração.

Nesta metafísica experiência encontramos a paz primordial, éden de muitas crenças e dogmas também chamada Amor.

Paz, ômega e alfa, universo na periferia telúrica desta cósmica existência.

Sandra

09/04/08

Sandra M Julio
Enviado por Sandra M Julio em 08/09/2009
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