Parece Ser

Alvorada emerge, excitação dos sentidos

Sentimento acalanta a lânguida língua

Intrínsecas bulhas, somamos limbo

Os alvéolos pulsam e não param

Não há como parar,

Somos carne!

Entre a famulenta ambição

E toda sua ordenação

Esqui na neve, ave no porão

Putrefando, aparecendo

Não há inteligência,

Somos osso!

Passa o tempo, bento crucifica

São lajes, servem-nos de arrimo

A rumar por mim, por nós, a corveta

Desgovernada embarcação

Não há como harmonizar a direção,

Somos sangue!

No compasso desta lenda

Hipogeu é o teu reforço

Bate o teto à chuva rala

Os simpósios da invernada

Não há como verdejar a água,

Somos paixão!

Sanguinolento e fracassado

Vai à rua e marca a cara

Reconhece os que passam

Pele, cabelos e lábios

Não há com entender,

Somos tempo!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 22/06/2006
Código do texto: T180202
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