Morre o polvo. Morre a florzinha linda.

No dia em que o polvo do nordeste

desfez-se no ralo da latrina chamada

congresso nacional, escrevo isso:

O polvo eleito pelo povo.

O povo estúpido!

Hipócrita até a raiz dos cabelos

- que tenha o não.

Povo porco!

E tão porco quanto

o polvo que elegeram rei!

Povo cruel...

Maldito povo cruel!

E então vem pessoas ‘instruídas’ e dizem:

“ O povo derrubou o polvo!”

Povo nunca derrubou ninguém.

Povo é conduzido.

Povo frágil, faminto, fedido/fudido

e, acima de qualquer coisa: fútil!

Sim, fútil, tanto quanto

o + nobre empresário

filho-de-uma sanguessuga-sanguinária!

Ou do apodrecido intelectual

que prega moralidades.

Todos nos: fúteis!

Podres, ricos, remendados: fúteis!

... sim, mas quem sente fome,

Tem o inquestionável DIREITO!

de ser fútil.

Você sente fome?

Então não seja fútil.

Jamais diga: “Derrubamos o polvo!”

Povo sonha com bonequinha Yasmin

* se de mim dependesse, no enterro da florzinha (Daniela Perez), deixaria tocar uma música do ACDC que diz: “Last day, in my heart...”