Andrôges
Andrôges
21 . 10 . 88
Acaricio os tentáculos de um polvo
e descubro nesse horrível ato
que não posso duvidar de + nada.
Eu sei, porque nem ao menos
preciso ser uma rã ou um camelo.
Nem mesmo...
È no silêncio e na solidão
que tudo pode emergir.
Esse mar é louco e
sem lógica ou compaixão.
Xá ná-ná-ná...
Posso transformar
tudo numa coisinha tão simples.
Ficar deitado e apenas
e singelamente cantar...
Acorda-me na madrugada, carrasco!
Acorda-e e grita:
- Descubra um caminho,
mas não te atrevas a seguir por ele!
Verdade! Verdade! O que será ela???
Uma borracha??
Uma borrachinha que apaga
o grafite ilusório da negação?
Maria e Marta, espero vocês.
A casa? Será lá em cima,
aonde o vento possa derrubá-la.