Tragédias cotidianas.
Tragédias cotidianas.
Teutonia, 31 de outubro de 1994
Chove sempre.
Os urubus, no horizonte nublado,
devem imaginar
quando começará a
ter um excelente odor
esse que os observa,
já que, do que lhes parece,
esse está + do que moribundo.
Mas ‘esse’ tem que seguir
alguns kms + adiante.
Talvez vá para um local
onde não haja urubus
e o sol brilhe com vontade.
Os telhados das casas
e o verde das arvores,
no inicio do fim da primavera,
desse cara, dentro desse carro
em direção à curva desconhecida.
Andam as nuvens...