AQUI NO RECANTO

Eu não sei bem se é o caminho,
Apontar poetas sem vê-los parir poesias.
Não sei de nada que favoreça essa gente,
Corações fieis a beleza do tempo e do coração.
Sei não, posso está enganado, “amalucado”,
Mas tem gente falando demais. 
pois salve outra gente que escolhe um canto para viajar,
salve um recanto onde se possa sonhar.
olhem só seus autores...mas...
Vejam outros becos sujos que existem na tela,
Quantos caminhos que levam a solidão,
Quantos amores perdidos no futuro,
Um futuro que jurou o presente sem mentiras.
E toda essa agente carente de poemas,
De belos poemas que retratem a verdade do impossível. 
noutros cantos, noutros lugares suge a verdade da ingnorância,
Guerra suja que faz um poeta morrer de tristeza,
Criando incautos leitores noites a fio, cravar na ponta do peito uma esperança:
- Esse é meu verdadeiro amor.
São tantos caminhos que se pode seguir,
Tantos rumos expostos na mesa e amparados pelo dinheiro,
São livros e livros jogados no lixo por falta de comunicação,
São tantas crianças mortas..., tanta fome e por que a poesia?
Porque sim, ninguém vive somente consumo,
Ninguém é consumo de si mesmo, ninguém.
Então salve os poetas que dizem não, salve a oração do futuro,
Aquela oração que acredita no céu estrelado,
Aquele céu onde sempre há espaço para mais uma estrela.
Mais um canto saído da boca de um desconhecido e inspirado poeta.
Eu não sei bem se é o caminho, mas vou segui-lo assim mesmo.
Salve meu canto aqui no recanto onde há letras que eu possa guardar.
Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 22/06/2006
Reeditado em 22/06/2006
Código do texto: T180571