PINGOS DE AMOR ...
Pensando sobre as gotas de suor de um corpo sobre outro (s) corpo (s); a imaginação nos leva a pensar que na sociedade pós–superficial, a máxima é levar vantagem...
Com exceção daquele comercial que informa que pelo menos alguma coisa a gente tem em comum – consumir tal produto... E das antigas lojas onde quem manda é o freguês, se fosse pra comprar algum item no catálogo da loja; Inclusive no sexo, a questão é levar vantagem...
Com certa freqüência se ouve falar de amor, quando na realidade se fala em relações sexuais. Quando era criança ouvia de proezas sexuais; na juventude também e, hoje idem... Parece que muito (na aparência mudou), mas, a essência continua igual...
Pensando sobre isso, lembro que antigamente, uma canção falava sobre pingos de amor, comparando o sentimento abstrato a algo tão belo quanto a chuva... Amor e chuva fazem a vida renascer após cada verão...
E, penso: Cada gota do meu corpo sobre outros corpos (caso acontecesse), certamente me levariam a pensar que a sociedade tem sido movimentada por suor de corpo uns sobre o corpo de outros (por interesses mesquinhos)...
Considerando a nação onde estamos, na colonização foi assim, na escravidão de africanos, na república velha ou nova; antes a após a ditadura militar, etc... Nas relações comerciais, no relacionamento entre pais e filhos, entre cônjuges; Até mesmo entre fiéis (religiosamente falando)...
Isso embaça a possibilidade de ser e de viver um imenso amor – falo sobre o abstrato sentimento entre o homem e a mulher, onde acontecem relações sexuais...
No passado não seria novidade; Hoje, está se tornando uma exceção...
Assim continuará caminhando a humanidade até descobrir que o mais importante não seria derramar gotas sobre corpos mas, receber cada gota de um único corpo (se isso for o melhor pra ambos)...