PINGOS DE AMOR ...

Pensando sobre as gotas de suor de um corpo sobre outro (s) corpo (s); a imaginação nos leva a pensar que na sociedade pós–superficial, a máxima é levar vantagem...

Com exceção daquele comercial que informa que pelo menos alguma coisa a gente tem em comum – consumir tal produto... E das antigas lojas onde quem manda é o freguês, se fosse pra comprar algum item no catálogo da loja; Inclusive no sexo, a questão é levar vantagem...

Com certa freqüência se ouve falar de amor, quando na realidade se fala em relações sexuais. Quando era criança ouvia de proezas sexuais; na juventude também e, hoje idem... Parece que muito (na aparência mudou), mas, a essência continua igual...

Pensando sobre isso, lembro que antigamente, uma canção falava sobre pingos de amor, comparando o sentimento abstrato a algo tão belo quanto a chuva... Amor e chuva fazem a vida renascer após cada verão...

E, penso: Cada gota do meu corpo sobre outros corpos (caso acontecesse), certamente me levariam a pensar que a sociedade tem sido movimentada por suor de corpo uns sobre o corpo de outros (por interesses mesquinhos)...

Considerando a nação onde estamos, na colonização foi assim, na escravidão de africanos, na república velha ou nova; antes a após a ditadura militar, etc... Nas relações comerciais, no relacionamento entre pais e filhos, entre cônjuges; Até mesmo entre fiéis (religiosamente falando)...

Isso embaça a possibilidade de ser e de viver um imenso amor – falo sobre o abstrato sentimento entre o homem e a mulher, onde acontecem relações sexuais...

No passado não seria novidade; Hoje, está se tornando uma exceção...

Assim continuará caminhando a humanidade até descobrir que o mais importante não seria derramar gotas sobre corpos mas, receber cada gota de um único corpo (se isso for o melhor pra ambos)...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 12/09/2009
Código do texto: T1805780
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.