QUAL O SEU MEDO?
Tal o mel que exsuda da boca parda
O ósculo verde impregnado com catarro
Arde, tórrido, o doce amargo fel da glote.
Tal a íngua que nos conduz à vida enferma
E seus duendes incolores por alforjes rompidos
O limo a entornar da face dorida, putrefaz-se.
Cal é soda na imbecilidade de outrem
Ou gerúndio fermentando a saliva parva
É vurmo ácido a rejeitar o fleimão... é negativismo.
Mal a corja se desfaz na prásina dorna
E o tinto raspa a panela da vida
Qual seu medo, por cujo vezo pia, geme e assovia?