Li um artigo da Martha Medeiros no qual ela analiza
a importância dos amores vividos e terminados que
fazem as mulheres questionarem-se sobre o ficar só
ou partir na busca de uma nova chance de amar.
E, ela fala não dos amores jovens os recém iniciados
nos quais as brigas e desentendimentos expandem
sentimentos que na verdade ainda nem foram explora-
dos.
Ela fala da não existência das almas gêmeas e mesmo
assim é melhor estar amando do que não estar.
A grande Martha, sábia nas inspirações fala de uma ma-
neira objetiva e clara sobre o amor.

Muitos já devem tê-la lido, mas como é super interes -
sante, posto um trecho aqui:


....Circulam por ai, reportagens que enaltecem o amor aos 70, 80 anos, dizendo que nunca devemos cessar
as buscas, que o amor merece ser encontrado em qual-
quer etapa.  Merece, mas tenho ressalvas a fazer.

Se você alcançou uma certa longevidade e tem um
parceiro bacana, mantenha-o, claro. Mas se está só-
zinha da silva, já teve vários bons romances na vida e está em paz com sua solidão, vai procurar sarna pra
se coçar a troco de que?

Há duas mulheres famosas na faixa dos 60 anos que, depois de amarem muito, já manifestaram sua desis-
tência em seguir procurando  companhia .
Mas, enfim, são mulheres inteligentes e bem resolvi-
das, e essa postura de "largar de mão" me inspirou:
pretendo seguir a mesma cartilha.  Não que eu colecione desilusões.  Não tenho do que me queixar, pelo con-
trário.  Já vivi o lado zen e o lado tsunâmico do amor,
e o saldo é de puro prazer e gratidão.

Sou totalmente pró amor, nem penso em aposentadoria agora.  Mas o agora vai se transformar em depois, e depois é outra história.

Poético e libertador é pensar que nunca estarei sem
ninguém, porque chega uma hora em que a gente de-
cide que É ALGUÉM, e basta.
Martha Medeiros



Depois que li fiquei pensando no que ela falou e no quanto é bem melhor tomar decisões que não venham
depois deixar que eu pense e me pergunte que nó é
esse na garganta que me pressiona e atormenta fa-
zendo o coração se contrair.....
Melhor mesmo.  Do que se desidratar nas lágrimas
e sentir o mundo desabar sobre a cabeça deixando um inevitável, avassalador e incumprido silêncio
rondando  o céu como se quizesse mostrar que
há coisas inultrapassáveis corroendo a alma e quem
sabe me fazendo esconder a dor no armário.

Mas quem sabe também, não me veja perguntando a
mim mesma se fiz certo, ou ainda afirmando:
Volta e diz que só inventei essa história.
ysabella
Enviado por ysabella em 19/09/2009
Reeditado em 19/09/2009
Código do texto: T1819204
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