RECANTO DAS LETRAS

Sou poeta, não diferenciado, apenas um idealista romântico;

sonhador como os há tantos nestas páginas/refúgio.

Não gosto do termo “poeta” para identificar poetisas.

Embrutece a letra; priva da divina sensibilidade

a carícia do sonhar feminino.

Fotografo com as lentes do sonho os elementos

com que a natureza me envolve e me embalsama,

e, como brasas vivas, fosforescentes, bailam nas ogivas virtuais

desta embalagem tecnológica de mútuas cumplicidades.

São duas as ferramentas

de que Deus, sensibilizado com o idealismo, nos dotou:

a mente criadora irracional a bafejar versos,

em conflito

com o coração sonhador, que imprime delicadeza no amor,

e a razão aos dois assistindo e se doando.

Avante, pois, marujos dos mares das letras;

avante, mergulhem nessas águas de prosa e verso;

nadai sobre ondas de publicidade transportando sementes de cultura

para plantá-las em terra firme e arroteada ao cultivo, e cujos frutos,

são predestinados a erradicar a flor maldita da ignorância.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 22/09/2009
Código do texto: T1824135
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