O "Eu" Declama e Proclama

Só não existo de quando em vez

Acho-me estranho, meio enxovalhado

Culto à sapiência, traz-me ausente à memória

História, mania de voltar.

Hora laço, hora prego, bate o martelo

E lá se foi o “eu” cascudo, meio leso.

Insensível às normas e aos costumes.

Logo atolo num contingente encapuzado

Sigo o norte, rumo ao centro

Pouca raça, muita brasa

E segue o fogo ardendo o peito

Meio sem jeito, contudo ileso

Em um apanhado desamparado

Entre o sonho, a idade e a realidade.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 27/06/2006
Código do texto: T183440
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