Viver como nós
O ego no eco de ilusão
Perdição entre vários eus
Sonhos meus e seus
Egoísta e realista
Vendo a lua na rua
Vendo a morte na sorte
E no desejo um corte
Castrado, limitado
Impedido desejante
Um pedinte de afetos
Carente e inconsciente
A doçura amarga
O fel açucarado
Absinto suave
Ninando nos braços
O filho do sonho
O ideal sorridente
A boneca real
O sol tão só
Nuvens de algodão
Doce ou não
Liberdade libertina
O possível da impossibilidade
A dor que sempre dói
A tristeza que sempre vem
O dia que sempre nasce
A luz que sempre se esvai
E eu que vou e você vai
Entra e sai, sem se explicar
E o toque, sensação
E a melodia, a canção
Os olhos perdidos
E os velhos amigos
E as faltas
Presenças que não preenchem
A condenação
O nós?