SILÊNCIO

Silêncio é quente

Quente de vento

Silêncio sente

Sente o tempo

Silêncio rente

Rente ao extremo.

Em cima da calçada crua os pães frescos são sonhos irreais imersos à grande cidade. O jornal diz tudo o que acontece e repetem e repetem todos os dias aquilo tudo que sabemos que acontece.

Quente é o silêncio

Sossega o vento

Sente o próprio silêncio

O mesmo tempo

Rente prossegue o silêncio

Sempre ao extremo.

As velhas rodas de ciranda são pedras, cascalhos de lembranças, telhas retiradas sob a lua, ao mar jogadas, sempre nuas.

CAMPISTA CABRAL
Enviado por CAMPISTA CABRAL em 07/10/2009
Código do texto: T1852416
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