LASCAS (no salão de baile)

Passos secos em madeira podre. Mãos em punho apertando uma hipótese decepcionante no salão de expiações. Muita vaidade e sapatos gastos. Serpentinas de palavras pelo chão pisoteadas e quanto gesto vão! Em garatujas que imitam polígonos de múltiplos lados e interesses individuais. Quanta ousadia em si mesmo morta e quantas espadas enferrujadas e tortas! E os escudos... Uns cheios de buracos, outros cautelosos e rotundos. A verdadeira voz é muda e segue em desvario gritando no ouvido de todos. Me ouve!! Rouquidão léxica. Só se escuta o que se quer. Não lemos a nós mesmos em voz alta.