Dejà-vu

É sozinho estar e um mar batendo um barulho infernal de tão erótico bater erótico bater Eros

Dejà-vu.

Aí me bate um medo daqueles medos assim tão medonhos quanto aquele medo que tínhamos no jardim de infância

Medo de quê

De medo

Apenas medo.

E desse medo vivo medindo palavras apenas para palavras apenas para palavras te dizer o quanto repito o quanto repito o quanto repete que não me quer mas me quer mas me quer mais me que mais me quer mais bem me quer toda vez que me vê me vê meve meve mover sozinho esperando mando ando atrás de você

Eco.

E a onda puxa de volta o que trouxe e nada trouxe que não seja meu.

Sempre.

Seu.

Gustavo Alvaro
Enviado por Gustavo Alvaro em 23/10/2009
Código do texto: T1882112
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