.                                          DERRADEIRA RIMA
 
Eu quero namorar novamente, ouvir de corpo presente uma jura de amor. Eu quero abraçar a menina, olhar seus olhos e ficar mudo de paixão. Como eu quero gritar novamente um nome de mulher que me fosse todo o pensamento, e sonhá-la como princesa eterna, minha eterna namorada. Eu quero chorar de ciúme por um nada acontecido me fazendo de homem crescido como se fosse meu o destino de nossas vidas. Ainda penso, com foi um dia, no pai fora de hora, uma criança nascida na concepção de uma poesia, pois que de fato, de nu eu nada conhecia. Quero voltar novamente a sentir meu coração cantando um samba, sem nunca ter me arriscado na dança propriamente dita. Quero suar frio ante a presença de pais desconfiados, não pela maldade, mas pela inocência de duas crianças apaixonadas. Quero perder as noites ensaiando uma serenata de amor sem a vergonha de um velho que teme o olhar dos infelizes. Quero ser poeta como crianças que se imaginam príncipe ou princesa nos regulares sonhos que a vida lhes presenteia. Mesmo que a vida não queira, quero ter tempo e vontade de amar meus minutos como se fossem a derradeira rima que tenho para mostrar



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