Bostejando
É bostejando (ou bosteando), que te direi quem não sou, como jamais me senti, o que sei de amor e relações. Quer saber?
Sou a magnésia,
O resíduo silicoso da fusão metálica,
A mascada e excretada relva do alazão bandido,
O sujeito passivo do ilícito penal,
A vítima em que me titularas,
Tudo e a escória...
Ou o prostrado em que me tornei, transitoriamente!
É sempre no "blá-blá-blá" que dizemos as verdades e como gostaríamos que elas nos facilitassem a vida. Bem assim é que simulamos as maneiras, nos damos ares de reais e escusamo-nos da seringa, de modo a não admitirmos as resvaladas.
Logo, tanto não deve afetar-me o que "fiz-não-fiz", tampouco o que "quis-não-quis". No entanto, é bom lembrar o que realmente dá causa às relações:
O desejo do amor,
A obrigatoriedade do amor,
A sua presença e a sua ausência,
As suas muitas verdades e mentiras,
A sua multiformidade,
A deformação do amor...
E o amor como a única esperança de sobrevivência!
Então, o que faremos: repulsar ou repulular?
A opção é toda nossa, porém, se seguirmos indiferentes e avaliando tudo do mesmo modo, aí é que tudo vira bosta mesmo!