Eu escolhi

Eu escolhi acreditar;

Escolhi seguir em frente.

Se este Deus confia em mim, se aposta suas fichas em mim.

Morrerei por Ele.

Morrerei pela causa.

Mesmo que seja perdida;

Mesmo que esteja perdida.

Meu ultimo grito será por liberdade.

Mesmo que os dragões sejam moinhos de vento.

Se há algo alem. que seja o meu Deus;

Se não há algo alem, que pelo menos viva eu em meus sonhos.

E meu sonho será um evangelho, de sangue, mas de liberdade espiritual;

De uma inexplicável alegria sem motivo...

Se for para celebrar o pudor, que seja o pudor da cruz.

Se meus pensamentos não me querem levar a lugar nenhum, seguirei meu coração.

Um coração que busca um Deus cru crucificado entre ladrões.

Se é para ter fé, não será na desfigurada justiça humana;

Prefiro antes a injustiça de um Deus que aceita o que um inocente morra por meus erros.

Mesmo que minha razão não concorde;

Terei um amigo acima nos céus.

Mesmo que meu coração não aceite suas decisões e contradições;

Verei nEle um amigo fiel. Que não me deve explicação, mas ama a minha companhia.

Mas não farei deste Deus amigo, a figura apática, distante, intocável, pintada por séculos de pensamento humano.

Antes farei deste Deus um companheiro, humano, que ao olhar nos olhos desta igreja visível de suntuosos templos e hierarquia política, perguntaria: “raça de víboras quem vos induziu a fugirem da ira vindoura”

Mesmo fadado a morte, acreditarei na eternidade.

Mesmo eterno, viverei como se fadado a morte.

E viverei e acreditarei nEle;

Não como um ditador arbitrário;

Mas como o amigo que me consola em seu peito.

Edson Duarte
Enviado por Edson Duarte em 08/11/2009
Código do texto: T1912092
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.