Cacos de vida

eu sou um amontoado de cacos de vida. eu vejo azul e sombras e:

tragédia-estou-louco esquizofrênico invento palavras paixões e poder já vivo rodeadorodeando um mundo pavor que já não é mais o mesmo meu penhor de minha alma evolução espanta e explode pelos ares luzes baixas de domingo loucura loucura solidão falta de comunicação total com o mundo sepultado em palavras afogado num túmulo brancaiado mulheres de outrora onde vós estais, avós, mortas de velhas de idades ancestrais

coelhos e lutas de países de chocolate que correm correm deslizam pelo mundo jogando dados e claros e foscos fuscas de caminhão azul - eu já disse - e tragédia de suicídio dominical reinventaoísmo om amém.

talvez se quisesses me desconhecer eu seria fragilidade choro, puro choro, cacos de vida e sóbrio e deselegante descortês amargoescuro ululante de horror e fantasmas de trevas, ó Lord Byron! do cabide medieval de castelos e pulos, eu vejo tragédia, sombras azuis e cacos de vida.