Tecendo Ternuras

Não sei o que restou de mim

É tanta descrença por qualquer crença

Que já não sei se crer é risco ou solução.

Onde anda o meu sonho mais azul?

O que fizeram com o meu livre pensar?

Se amar deixou de ser problema

Se odiar passou a ser defesa

O que fazer sem a minha indecisão?

Sei do que preciso

Do que quero

E do que não quero.

Está se tornando monotonia

O que pensei ser adrenalina.

Vou injetar loucuras em minhas veias

Usar minhas asas como teias

E tecer ternuras em minhas mãos.

(Nada do fato ao esbarrar com a solidão)

(Sem culpas, ela segue)

(Sem desculpas, também sigo)

Ah! Não negue

Você também ouviu o eco se dissolver na multidão.