Aspirações.

(Neste espaço, por uma solicitação)

Não sei quase nada da vida, não conheço direito nem mesmo a mim,

Mas, (por ti), penso em viver mais em cada dia numa alegria sem fim,

Habitar num limite imperceptível em posição cômoda nesta plenitude,

Seguir alforriado pela associação amanhecida da nossa pulsante virtude,

Quero ser o que quiser no acompanhamento acomodado de cada novo dia,

Segredos de esperas libertas no silêncio de um coração exultante de alegria,

Ser o louco que convive com a essência da vida revivendo a cada instante,

A ‘luz’ que se apossa livremente e se mistura na noite de sombras no prazer eletrizante,

Quero ser a incidência escrita neste divisor em mim desconhecido,

O desejo, profundeza e idolatria, de amar sem ter medo, o fanal ao afeto reprimido,

A arte castiça vinculada no pulsar das mãos entregando perfumes,

A cura pueril de desgostos alheios, o despertar de olhares a novos lumes,

Quero ser a pausa entre a história e os versos que descrevem a saudade,

O sentido ao tempo confuso na palavra perdida que passou para a eternidade,

A descoberta ingênua e alforriada do ontem no agora em vespertinas cores,

O inverso escancarado no orgulho do tom que chora, harmonias multicores,

Ambiciono ser a música terna e o balé na calçada, jactar-me sem tocar o céu,

O encanto no espírito, o beijo e o abraço cobrindo a vida em perene véu,

Desejo ser o feitiço que traga tua imagem e corpo definitivamente para meu lado,

Quero ser teu homem sem disfarces, e permanecer o resto de meus dias como teu namorado!

Amaro Larroza.

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 01/12/2009
Código do texto: T1954232
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.