Quem sabe um dia...

Foi assim, de repente

Meio que sem esperar;

A notícia veio iminente:

Prá longe ias viajar.

Sem chão e sem parede,

Tal notícia me deixou;

Como peixe, na trama da rede,

Sem ar meu coração ficou.

O que teria acontecido?

Um chamado irresistível

De um falar enegrecido,

Ou uma ilusão factível?

Bem, nada mais importa agora...

Adormecida ficou a dor;

Estonteado o dito amor,

Por tua ida mundo afora.

Te procuro, sem encontrar.

Onde tem sido o teu andar?

Não te vejo, nem te ouço,

Penso que estás num calabouço.

Quem sabe um dia

Para nós haja reservada alegria?

Quem sabe um dia

Viveremos um dia de magia?

Onde andas nem imagino...

O que fazes? Ages ou adia?

Penso em meu presente como menino...

E daí, quem sabe um dia?

PaPeL
Enviado por PaPeL em 06/12/2009
Código do texto: T1963275
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